Disciplina: Biotecnologia Agroalimentar e Agroindustrial
Atividade: Atividade 1
Deadline: 2025-03-31T00:00:00.000-03:00
Integrantes: Matheus de Lara Szajda,Heitor Torres Zacharow,Javerson Goulart Filho

Versão online

Versão online disponível em https://ph.omg.lol/up-bioagro-ativ1, apenas após a data de entrega (2025-03-31T00:00:00.000-03:00). Leia mais sobre as medidas de combate ao plágio aqui: https://up.ph.omg.lol/censura

Respostas

  1. A análise físico-química é importante para garantir que não há adulteração do leite cru, para atender aos padrões da indústria. A análise microbiológica garante que o leite cru não esteja contaminado ou possua concentração de microrganismos dentro dos padrões permitidos.
  2. A fermentação primária ocorre após a adição do fermento láctico ao leite. Nesta etapa ocorre a acidificação do leite (a conversão da lactose em ácido lático), o que auxilia na coagulação da caseína quando o coalho é adicionado. Microrganismos que podem ser utilizados são Lactococus lacts, Streptococcus themophilus, Lactobacillus dellbruckii. A fermentação secundária ocorre durante a maturação do queijo, etapa onde podem ser desenvolvidos aromas e sabores característicos para cada tipo de queijo. Microrganismos que podem ser utilizados são Propionibacterium freudenreichii, Penicillium camemberti e Brevibacterium linens.
  3. Análise físico-química: densidade, acidez, crioscopia, teor de proteínas e gorduras, temperatura. Microbiológicas: contagem total de bactérias, células somáticas.
  4. A cultura líquida está pronta para uso e permite uma fermentação mais rápida, uma vez que os microrganismos já estão ativos. A cultura liofilizada, por sua vez, pode proporcionar uma fermentação mais lenta, já que os microrganismos necessitam ser reidratados e retomar sua atividade celular.
  5. A caseína pode ser coagulada por 3 vias, físico-química, enzimática ou microbiológica:
    • Físico-química: a precipitação ocorre em pH 4,6, ponto no qual ocorre a neutralização das cargas da caseína (ponto isoelétrico);
    • Enzimática: a quimosina realiza a quebra das ligações da k-caseína em temperatura de 32 °C, proteína que garante solubilidade e estabilidade da estrutura micelar. Ao realizar esta quebra, o interior da micela, que é insolúvel, precipita, separando-se do soro do leite.
    • Microbiológica: ocorre pela ação de microrganismos que metabolizam a lactose e geram ácido lático no processo fermentativo, reduzindo o pH e promovendo assim a coagulação do leite.
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  6. Na coagulação ácida o produto final pode ter um gosto característico do ácido utilizado, por exemplo, o do ácido acético ou cítrico. Ele também possuirá a a lactose original do leite, não degradada. Na coagulação microbiológica ocorre a coagulação pelo pH, porém as bactérias irão se alimentar da lactose para realizar a fermentação, promovendo um produto mais adequado para pessoas com intolerância à lactose. A coagulação microbiológica também pode promover textura e sabor diferenciados ao queijo, dependendo do microrganismo utilizado.
  7. Os fatores são:
    • pH: A coagulação ocorre mais eficientemente em pH ácido (próximo de 6,0). Um pH muito alto ou muito baixo pode inativar a enzima ou impedir a formação da rede proteica.
    • Temperatura: A temperatura ideal para a ação da quimosina está entre 30-40°C. Temperaturas muito baixas reduzem a atividade enzimática, enquanto temperaturas muito altas podem desnaturar a enzima.
    • Concentração de cálcio: O cálcio é essencial para a estabilização das micelas de caseína. Uma concentração inadequada pode dificultar ou impedir a coagulação.
    • Força iônica e composição do leite: A presença de íons como Na⁺ e K⁺ pode afetar a solubilidade das caseínas e a eficiência da coagulação.
    • Concentração da enzima: Diferentes coagulantes (como quimosina ou proteases microbianas) possuem eficiência variável. Uma baixa concentração pode retardar a coagulação, enquanto uma alta concentração pode gerar um gel fraco.
  8. Retirada do soro do leite resultante da não coagulação de outras proteínas que não são k-caseína no leite. A importência da dessoragem se resume a utilização do soro do leite para produção de outros produtos, como whey protein e bebidas lácteas. Além disso, é essencial para o controle de umidade do queijo, influenciando na textura, sabor e qualidade geral do produto final.
  9. O sal pode ser misturado diretamente no queijo após o remoção do soro do leite e formação da coalhada, antes da massa do queijo ser moldada em formas. Outra forma é a imersão do queijo em solução de água e sal (salmoura). A finalidade é ressaltar o gosto do queijo, assim como melhorar textura do produto final, aumentar a conservação/diminui a proliferação de microrganismos indesejados, além de influenciar na maturação do queijo.
  10. A maturação é responsável por proporcionar sabor, textura, aroma e cor ao queijo que passa pelo processo. A maturação pode ocorrer em câmara fria, em um ambiente de temperatura e umidade controladas. Pode ser feita em um ambiente não controlado, sendo uma maturação natural (adegas). O queijo não precisa obrigatoriamente ser maturado, sendo um queijo não maturado chamado de queijo fresco, sendo consumido em um curto período após a dessoragem (apenas o tempo para o queijo adquirir um formato específico). Possuem sabor suave, textura leve e geralmente possuem cor branca.